A identificação correta de espécies no campo é determinante no manejo de plantas daninhas, pois define a escolha dos herbicidas que podem ser utilizados para o controle. No campo, a identificação de espécies de Amaranthus não é simples, pois as espécies possuem elevada plasticidade fenotípica, ou seja, tem capacidade de apresentar diferentes características em função das condições ambientais, além da possibilidade de hibridação.
Ao se tratar das espécies A. palmeri e A. hybridus, a principal característica que diferencia as duas espécies é a estrutura das flores, sendo A. hybridus caracterizada como uma espécie monoica (flores femininas e masculinas estão presentes na mesma planta) e A. palmeri é uma espécie dioica (parte das plantas de uma população tem somente flores femininas e outra parte, somente flores masculinas). Como características similares podemos citar o pecíolo longo, o espinho na extremidade da folha e a marca d ́água em forma de “V” nas folhas.
No Brasil, há vários relatos sobre a dificuldade em manejar áreas infestadas por diferentes espécies do gênero Amaranthus. Nesse sentido, cabe ressaltar a importância do manejo integrado de plantas daninhas (MIPD) que consiste na associação de técnicas químicas e não químicas para a prevenção e controle de plantas daninhas resistentes a herbicidas.
Por meio das estratégias não químicas (rotação de culturas, medidas culturais e mecânicas) há a mortalidade de ambos os biótipos de plantas daninhas (suscetível e resistente) e o potencial de pressão de seleção é mantido. Já as estratégias químicas (herbicidas), por meio do uso de diferentes mecanismos de ação, podem ser usadas para reduzir a pressão de seleção, a fim de manter a diversidade de biótipos no banco de sementes do solo.
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