Comparando com a relação clássica entre a dose de uma toxina e a resposta resultante, a resposta hormética é caracterizada por um aumento na resposta em baixas doses, sendo que em altas doses ocorre a inibição. Ou seja, há um comportamento bifásico da curva dose-resposta, com dois tipos de resposta biológica quando um organismo é exposto a diferentes doses de um agente de estresse, sendo uma estimulatória e outra inibitória.
O efeito estimulante causado por baixas doses de um composto tóxico é denominado hormesis e tem sido relatado para baixas doses de herbicidas em plantas. Os efeitos horméticos dos herbicidas nas plantas foram observados por muitos pesquisadores na área de plantas daninhas para muitas variáveis, como crescimento, biomassa, altura, conteúdo de proteína e resistência.
No caso de plantas daninhas resistentes em função de baixas quantidades do herbicida que atingem o sítio de ação (absorção e/ou translocação reduzida ou aumento da inativação metabólica), a dose que causa hormese aumenta na proporção em que a dose tóxica aumenta. Este efeito hormético pode favorecer o desenvolvimento dos biótipos resistentes em uma população após a aplicação da dose recomendada do herbicida.
Estudos evidenciaram que doses sub-letais de determinado ingrediente ativo podem estimular e aumentar o florescimento, a produção de sementes e a altura das plantas em populações resistentes de plantas daninhas. Essa antecipação do florescimento e aumento da produção de sementes em plantas daninhas resistentes que não sejam controladas eficientemente com doses adequadas poderão apresentar uma maior habilidade competitiva do que as plantas suscetíveis em uma população, consequentemente, a mudança de composição da flora suscetível pela resistente ocorrerá em uma escala de tempo muito menor, com domínio das plantas resistentes em um curto espaço de tempo.
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