As doses de defensivos agrícolas em condições de campo não são uniformes. A dose aplicada corresponde à dose média que seria observada no campo, na ausência de perdas por deriva. Há estudos realizados em campo que evidenciam a variação das deposições de herbicidas em plantas individualmente avaliadas. A consequência dessa variabilidade é a construção de uma infinidade de combinações de doses e pressões de seleção após a aplicação de um herbicida em uma dose previamente selecionada e que deveria ser uniforme. Mesmo quando se aplica uma subdose de um herbicida, algumas plantas receberão doses muito altas e acima da dose média esperada. Do mesmo modo, o uso de doses elevadas não é suficiente para garantir que não haverá plantas submetidas a subdoses dos herbicidas.
Uma dose alta de um herbicida resulta em alta mortalidade das plantas que a recebem, mas pode selecionar genes de resistência raros capazes de desenvolver resistência ainda mais preocupantes. No entanto, doses baixas de um herbicida (muitas plantas morrem, porém algumas sobrevivem), selecionam todos os possíveis genes de resistência, que causam resistência em uma população, trazendo preocupações para o manejo.
As principais causas da variabilidade das doses unitárias de herbicidas em condições de campo são os movimentos verticais e horizontais da barra de aplicação e a proteção exercida pela palha ou por outras plantas. Isto indica que a variabilidade das doses em campo pode ser expressiva o suficiente para que algumas plantas daninhas recebam doses baixas o suficiente para produzir efeitos horméticos, conforme abordamos anteriormente.
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