Os mecanismos que conferem a resistência de plantas daninhas ao composto do “Grupo G” podem ser divididos em duas classes:
1) Relacionados ao sítio de ação, chamada também de específica; e
2) Não relacionados ao sítio de ação, chamada também de não-específica.
No primeiro caso, o herbicida atinge o sítio de ação, mas não consegue inibir a enzima do biótipo resistente, como acontece com os biótipos resistentes que possuem mutação da enzima EPSPs, mudando a forma com que o ingrediente ativo se “acopla” à enzima EPSPs. Há também casos em que o herbicida é capaz de realizar sua função, ou seja, inibir a ação da EPSPs, mas os biótipos resistentes possuem a habilidade de produzir mais EPSPs do que o produto é capaz de inibir, conhecida como superexpressão gênica ou possuir um maior número de genes que codificam a EPSPs distribuídos no genoma da planta.
Quanto à resistência não relacionada ao sítio de ação, existem diversos mecanismos que conferem ao biótipo resistente a habilidade de sobreviver após uma aplicação do herbicida: baixa absorção, baixa translocação, compartimentalização do herbicida no vacúolo e metabolismo do herbicida.
O conhecimento do mecanismo de resistência de plantas daninhas a herbicidas é necessário para a determinação de práticas de manejo que previnam a ocorrência de novos biótipos resistentes e, principalmente, para o estabelecimento de programas de manejo preventivo.
Acesse nosso site para mais informações sobre os mecanismos de ação!
Referência: CHRISTOFFOLETI, P. J.; NICOLAI, M.; MELO, M. S. C.; SILVA, D. C. P.; BRUNHARO, C. A. C. G. Resistência de plantas daninhas a herbicidas inibidores da EPSPs (Grupo G). In: CHRISTOFFOLETI, P. J. & NICOLAI, M. Aspectos de resistência de plantas daninhas a herbicidas. 4ª ed. Piracicaba: ESALQ, 2016. p. 178-179.
Comments