A cultura do algodão é uma das mais sensíveis à interferência de plantas daninhas, as quais podem causar prejuízos durante todo o ciclo, reduzindo a quantidade e a qualidade da fibra. A menor competitividade da cultura se deve a características como maior espaçamento entrelinhas e crescimento lento da parte aérea nos primeiros estádios, agravados pelo longo ciclo (160 a 200 dias em média), necessidade agronômica de manter a cultura com porte baixo (uso de reguladores de crescimento), exigência de lavoura limpa por ocasião da colheita e poucas opções de tratamentos herbicidas com amplo espectro e boa seletividade.
A adoção de medidas integradas de controle auxiliam no aumento da eficiência dos manejos utilizados. O controle cultural é fundamental e deve ser planejado buscando-se dar vantagens para o desenvolvimento das plantas da cultura desde a semeadura. Os métodos preventivos, como a limpeza de maquinários, também são de grande importância. O método químico, representado pelo uso de herbicidas, tornou-se muito difundido e útil em várias culturas, sendo imprescindível nas grandes áreas algodoeiras, pelas vantagens como alta eficiência e rapidez na execução. Assim como o uso de variedades transgênicas, que também é uma ferramenta de manejo para controle de plantas daninhas.
Vale ressaltar a importância da rotação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação para reduzir a pressão de seleção de plantas daninhas resistentes, não apenas no manejo da cultura do algodão, mas no manejo de todo sistema. Além disso, realizar observações sistemáticas das áreas, antes e após aplicação de herbicidas, para certificar-se da eficiência do tratamento aplicado, pode auxiliar na identificação de possíveis problemas de controle. Neste caso deve-se providenciar o controle efetivo das plantas remanescentes suspeitas de resistência, antes que estas produzam sementes ou outras estruturas de reprodução.
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